quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mapa Conceitual: O professor no Ensino Superior


O PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR

Texto reflexivo

O professor universitário assim como a universidade vem passando por inúmeras transformações. Antes para ser professor universitário era necessário ter conhecimentos específicos sobre a área a qual iria lecionar, contudo, as necessidades atualmente vêm se modificando, pois não admite professores no ensino superior conhecedor apenas de sua área de atuação necessita-se de professores com conhecimentos sobre o próprio ato de lecionar.
No ensino superior o professor necessita dominar o conteúdo que irá lecionar e possuir capacidade de dominar a turma através do exercício da docência e ainda assim atuar em pesquisa, extensão ou gestão (MAZETTO, 1998). O professor universitário necessita atuar em mais de um eixo (ensino, pesquisa, extensão ou gestão) dentro da instituição de ensino superior.
É através da sua atuação que a identidade do professor universitário vai sendo forjada e construída através da história de vida, formação e prática pedagógica (Farias et al 2009).Cabe ressaltar que essa identidade não é imutável pois sofre alterações diariamente  através das interações por meio do ensino , da pesquisa e  das outras atividades inerentes ao ser professor (PIMENTA, 2009).
Para obter sucesso dentro da instituição de ensino superior faz-se necessário que o professor atue nas mais diversas áreas se envolvendo nãoapenas com seus alunos mas também com seus pares ,desenvolvendo ações  que beneficiem a comunidade acadêmica como um todo.Sendo necessário dominar sua área de ação como também construir pontes com outras áreas  e assim proporcionar um processo de ensino aprendizagem eficaz junto aos seus alunos ,pois antes de ser  alguém que leciona determinado conteúdo  o professor necessita ensinar para a vida  de forma que seus alunos se sintam motivados a aprender  e ampliar seus conhecimentos baseados no que adquiriu através deste professor .
Sendo assim não há como afirmar que um excepcional pesquisador necessariamente é um excelente professor. Ramos (2010) menciona que além de dominar o conteúdo que leciona o professor necessita dominar questões de ordem pedagógica e didática, conteúdo estes nem sempre dominados pelo professor pesquisador. O professor necessita auxiliar para que seus alunos obtenham o desenvolvimento da criatividade criticidade  e reflexividade.
Quanto a isso, Pimenta (2009) salienta que para atuar no ensino superior  existe a necessidade de uma formação sobre o método de ensinar .Uma vez que o exercício da docência exige do professor o domínio do processo de ensino-aprendizagem  da gestão do currículo , relação professor-aluno  e aluno-aluno no processo de aprendizagem, bem como o domínio da tecnologia educacional (MAZETTO, 1998).
De fato, é possível observar que além destes conhecimentos são necessários diversos outros saberes, além do conhecimento disciplinar. Farias et  al (2009) afirmam que para o exercício da docência  são necessários os saberes especializados sendo estes , os saberes da:formação profissional; disciplina;  currículo; experiência; tradição e ação pedagógica,  entre outros saberes que irão fornecer subsídios para exercício da docência.
Estes saberes não chegam até o professor de forma pronta, concreta, estes são em sua grande maioria, adquiridos de diversas formas a partir das vivências de cada professor. Alguns profissionais 0btem esses saberes durante sua formação (inicial e continuada) e outros durante sua história de vida, portanto os saberes dos professores são múltiplos e heterogêneos constituídos juntamente com sua identidade (FARIAS et al, 2009).
Para atuar nas instituições de ensino superior o professor necessita desenvolver ações nos diferentes ambitos da universidade constituindo-se assim tarefas inerentes ao trabalho do professor no ensino superior. Por diversas vezes estas tarefas são impostas aos professores. Cunha citado por Ramos et al (2010 p.36), afirma que o “professor tem sido o principal ator das decisões universitárias”. De fato, o professor atua nos mais diversos âmbitos da universidade e em determinadas vezes por imposição do sistema acadêmico ou dos seus pares e na maioria das vezes em condições desfavoráveis, por tais fatos urge a necessidade de uma transformação, não apenas do professor universitário, mas também  todos os âmbitos que constituem a universidade precisam passar por estas mudanças.


Referências

FARIAS, I. M. et alDidática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Liber, 2009.
MASETTO, M. T. Professor universitário: um profissional da educação na atividade docente In: MASETTO, M.T. (org). Docência na universidade. Capinas: Papirus,1998.
PIMENTA, S.G. A profissão professor universitário: processo de construção da identidade. In: CUNHA, M. I. Docência universitária: profissionalização e praticas educativas. Feira de Santana: UEFS Editora, 2009.
RAMOS, K. M. Reconfigurar a profissionalidade docente universitária: um olhar sobre ações de atualização pedagógico-didática. Porto: Universidade do Porto, 2010.

Plano de curso : O autismo na perspectiva educacional



Plano de curso da disciplina:
Autismo na perspectiva educacional

Professora: Marily Oliveira - Marilyed@hotmail.com

EMENTA DA DISCIPLINA

Os alunos com deficiência, entre eles os alunos com autismo, têm adentrado nas salas de aula e muitos professores não se encontram preparados para receber tais alunos. Diversos dispositivos legais brasileiros atuam para garantir os direitos das pessoas com deficiência, inclusive a resolução 2/2001 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica que trata sobre a obrigatoriedade das escolas regulares matricularem a todos os alunos.
Outro dispositivo legal é a Lei de diretrizes e bases (LDB 9394/ 1996) que estabeleceu no seu artigo 59 que os sistemas de ensino deverão assegurar para os alunos com deficiência “currículos, métodos, recursos educativos e organização específica, bem como professores com especialização adequada para atendimento especializado”. Ainda no seu artigo 13, é definido que os docentes deverão se incumbir de “zelar pela aprendizagem dos seus alunos”, independente de suas necessidades, facilitando assim que a inclusão se firme dentro da instituição de ensino (BRASIL, 1996). 
Ainda como subsídio, temos a Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência de 2007, homologada pelo decreto nº 6949/2009, no seu artigo 24°, citou a capacitação profissional deverá ocorrer: “em todos os níveis de ensino. Essa capacitação incor­porará a conscientização da deficiência e a utilização de modos, meios e formatos apropriados de comunicação aumentativa e alternativa, técnicas, materiais pedagógicos, como apoios para pessoas com deficiência”. Este mesmo Decreto assegura o direito às pessoas com deficiência ao ensino em geral, sem qualquer tipo de preconceito e em igualdade de condição com os demais alunos, sendo auxiliados em todas as suas necessidades educacionais, inclusive com medidas de apoio individualizada favorecendo assim um completo desenvolvimento acadêmico e social.
Através do exposto acima, podemos observar que faz-se necessário que professores, da mais diversas áreas, tenham conhecimento sobre as pessoas com deficiência, inclusive as com autismo, foco desta disciplina para assim promover a aprendizagem e participação de todos os alunos, uma vez que o professor tem papel de facilitador no que se refere à inclusão escolar.

OBJETIVOS

Explorar as bases históricas, legais e normativas da Educação Especial;
Identificar e analisar Políticas e Programas referentes à Educação Inclusiva em seus aspectos teóricos e práticos;
Propiciar conhecimentos sobre a pessoa com autismo no âmbito escolar e social
Propiciar referências teóricas e práticas para a compreensão a respeito da inclusão de alunos com autismo
Compreender o desenvolvimento mental do aluno com autismo e os estágios de construção do conhecimento
Oferecer subsídios para uma reflexão crítica sobre o processo de escolarização da pessoa com autismo;
Compreender as abordagens educacionais existentes para o aluno com autismo
Auxiliar na organização do trabalho pedagógico na perspectiva inclusiva;
(Re)conhecer distintas propostas pedagógicas inclusivas: locais, nacionais e/ou internacionais.
Formar profissionais críticos e embasados teoricamente a respeito dos princípios gerais de educação inclusiva.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

              A Educação Especial no Brasil: aspectos históricos, legais e normativos.·.
   O sujeito com autismo: conceitos, concepções, características e tipos de atendimentos.
O Sistema de Ensino, legislação, as políticas e os programas para a Educação Inclusiva. O processo de ensinar e de aprender para alunos com autismo
A formação de professores no paradigma da inclusão: a educação infantil e a educação especial
Acessibilidade.
Atendimento educacional especializado: Conceitos; Tipos; Flexibilizações específicas; Sala de Recursos.
O aluno com autismo e a inclusão escolar: inclusão x integração; atendimento escolar e atendimento especializado; a escola como um espaço inclusivo; sugestões de áreas de atuação; saberes e práticas da inclusão; passos para a inclusão escolar;

METODOLOGIA

As aulas serão teórico-práticas, com leituras e análise de textos, visitas à instituições que atendam ao aluno com autismo, apresentação de trabalhos coletivos e/ou individuais, seminários e produção de textos.

AVALIAÇÃO

Os instrumentos utilizados para a avaliação de aprendizagem levarão em conta os seguintes indicadores:
Assiduidade e pontualidade;
            Interação nas aulas, discussões e debates;
Participação nos trabalhos individuais e/ou grupos dentro ou fora da instituição;
O desempenho nas avaliações escritas e/ou práticas;
A produção de textos;
Trabalhos práticos apresentados e desenvolvidos pelos alunos (mini-aulas);


BIBLIOGRAFIA BÁSICA

BELISÁRIO FILHO, J. F. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2010.
BRASIL .Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

______ .Resolução 2/2001 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica (CNE/CEB)

______ .Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação Inclusiva. Brasília, MEC/SEESP, 2008.

BRIDI, F. R. S.; FORTES, C. C.; BRIDI FILHO, C. A. Educação e Autismo: as sutilezas e as possibilidades do processo inclusivo. In. ROTH, B. W. Experiências educacionais inclusivas: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.

CUNHA, P.; MATA, O. M. Rompendo Paradigmas na Gestão Escolar In. ROTH, B. W. Experiências educacionais inclusivas: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

WILLIAMS, C. Convivendo com autismo e síndrome de Asperger: estratégias Práticas para Pais e Profissionais. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2008.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.

______. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990.

______ . Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. 2011.

                                                                                 
CINTRA, R. C. G. G.; JESUINO, M. S.; PROENÇA, M. A. M. A prática pedagógica no Atendimento Educacional Especializado ao aluno com autismo: o estado do conhecimento realizado no banco de teses da Capes e Scielo. In: Anais do IV Congresso Brasileiro de Educação Especial (CBEE), São Carlos, 2010

LAMPREIA, C. Algumas considerações sobre a identificação precoce do autismo In: MENDES, E. G.; ALMEIDA, M. A.; HAYASHI, M. C. P. I. Temas em educação especial: conhecimentos para fundamentar a prática. Araraquara, SP: Junqueira &Marin, 2008.

LEBOYER, M. Autismo infantil fatos e modelos. 2.ed. Campinas-SP: Papirus, 1995.

MARQUES, L. P. Os discursos gerados nas relações com as diferenças: desafio atual para a formação em educação In: DALBEN, A. I. L. F. [ et al] Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

MARTINS, L. A. R. et al. Educação e inclusão social de pessoas com necessidades especiais: desafios e perspectivas. João Pessoa: Editora Universitária, 2007.

SALGADO, S. S. Inclusão e processos de formação in Inclusão e educação: culturas políticas e práticas. 2 ed.São Paulo: Cortez, 2006.

SANTOS, J. M. F. Dimensões e diálogos de exclusão: um caminho para a inclusão in Inclusão e educação: culturas políticas e práticas. 2.ed.São Paulo:Cortez, 2006.

SILVA, K. S. B. P.; MARTINS, L. A. R. Classes regulares: ambientes de enriquecimento humano frente à diversidade? IN: MARTINS, L. A. R. et al. Educação e inclusão social de pessoas com necessidades especiais: desafios e perspectivas. João Pessoa: Universitária, 2007.

SILVA, E. C. S. A prática pedagógica dos professores de alunos com autismo. In: Anais do IV Congresso Brasileiro de Educação Especial (CBEE), São Carlos, 2010

VELTRONE, A. A.; MENDES, E. G. Caracterização dos profissionais responsáveis pela identificação da deficiência intelectual em escolares.  Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 24, n. 39, p. 61-76, jan./abr. 2011.


CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

            Aula expositiva: A Educação Especial no Brasil: aspectos históricos, legais e normativos.·.
Aula expositiva: O sujeito com autismo: conceitos, concepções, características e tipos de atendimentos.
Aula expositiva: O Sistema de Ensino, legislação, as políticas e os programas para a Educação Inclusiva. O processo de ensinar e de aprender para alunos com autismo
Aula expositiva: A formação de professores no paradigma da inclusão: a educação infantil e a educação especial
Aula expositiva com utilização de filmes: Acessibilidade.
Aula expositiva: Atendimento educacional especializado: Conceitos; Tipos; Flexibilizações específicas; Sala de Recursos.
Aula expositiva: O aluno com autismo e a inclusão escolar: inclusão x integração; atendimento escolar e atendimento especializado; a escola como um espaço inclusivo; sugestões de áreas de atuação; saberes e práticas da inclusão; passos para a inclusão escolar.
Seminários avaliativos: temas a definir junto aos alunos.