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Este blog tem por objetivo a disseminação do conteúdo sobre o autismo na perspectiva da educação.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Mapa Conceitual: O professor no Ensino Superior
O
PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR
Texto
reflexivo
O professor
universitário assim como a universidade vem passando por inúmeras transformações.
Antes para ser professor universitário era necessário ter conhecimentos
específicos sobre a área a qual iria lecionar, contudo, as necessidades
atualmente vêm se modificando, pois não admite professores no ensino superior
conhecedor apenas de sua área de atuação necessita-se de professores com
conhecimentos sobre o próprio ato de lecionar.
No ensino superior o
professor necessita dominar o conteúdo que irá lecionar e possuir capacidade de
dominar a turma através do exercício da docência e ainda assim atuar em
pesquisa, extensão ou gestão (MAZETTO, 1998). O professor universitário
necessita atuar em mais de um eixo (ensino, pesquisa, extensão ou gestão) dentro
da instituição de ensino superior.
É através da sua
atuação que a identidade do professor universitário vai sendo forjada e
construída através da história de vida, formação e prática pedagógica (Farias et al 2009).Cabe ressaltar que essa
identidade não é imutável pois sofre alterações diariamente através das interações por meio do ensino ,
da pesquisa e das outras atividades
inerentes ao ser professor (PIMENTA, 2009).
Para obter sucesso
dentro da instituição de ensino superior faz-se necessário que o professor atue
nas mais diversas áreas se envolvendo nãoapenas com seus alunos mas também com
seus pares ,desenvolvendo ações que beneficiem
a comunidade acadêmica como um todo.Sendo necessário dominar sua área de ação
como também construir pontes com outras áreas
e assim proporcionar um processo de ensino aprendizagem eficaz junto aos
seus alunos ,pois antes de ser alguém
que leciona determinado conteúdo o
professor necessita ensinar para a vida
de forma que seus alunos se sintam motivados a aprender e ampliar seus conhecimentos baseados no que
adquiriu através deste professor .
Sendo assim não há como
afirmar que um excepcional pesquisador necessariamente é um excelente professor.
Ramos (2010) menciona que além de dominar o conteúdo que leciona o professor necessita
dominar questões de ordem pedagógica e didática, conteúdo estes nem sempre
dominados pelo professor pesquisador. O professor necessita auxiliar para que
seus alunos obtenham o desenvolvimento da criatividade criticidade e reflexividade.
Quanto a isso, Pimenta (2009)
salienta que para atuar no ensino superior
existe a necessidade de uma formação sobre o método de ensinar .Uma vez
que o exercício da docência exige do professor o domínio do processo de ensino-aprendizagem
da gestão do currículo , relação
professor-aluno e aluno-aluno no
processo de aprendizagem, bem como o domínio da tecnologia educacional (MAZETTO,
1998).
De fato, é possível
observar que além destes conhecimentos são necessários diversos outros saberes,
além do conhecimento disciplinar. Farias et
al (2009) afirmam que para o
exercício da docência são necessários os
saberes especializados sendo estes , os saberes da:formação profissional; disciplina;
currículo; experiência; tradição e ação
pedagógica, entre outros saberes que
irão fornecer subsídios para exercício da docência.
Estes saberes não
chegam até o professor de forma pronta, concreta, estes são em sua grande
maioria, adquiridos de diversas formas a partir das vivências de cada professor.
Alguns profissionais 0btem esses saberes durante sua formação (inicial e
continuada) e outros durante sua história de vida, portanto os saberes dos
professores são múltiplos e heterogêneos constituídos juntamente com sua
identidade (FARIAS et al, 2009).
Para atuar nas
instituições de ensino superior o professor necessita desenvolver ações nos
diferentes ambitos da universidade constituindo-se assim tarefas inerentes ao
trabalho do professor no ensino superior. Por diversas vezes estas tarefas são
impostas aos professores. Cunha citado por Ramos et al (2010 p.36), afirma que o “professor tem sido o principal
ator das decisões universitárias”. De fato, o professor atua nos mais diversos
âmbitos da universidade e em determinadas vezes por imposição do sistema
acadêmico ou dos seus pares e na maioria das vezes em condições desfavoráveis, por
tais fatos urge a necessidade de uma transformação, não apenas do professor
universitário, mas também todos os
âmbitos que constituem a universidade precisam passar por estas mudanças.
Referências
FARIAS, I. M. et al. Didática e docência: aprendendo a profissão. Brasília: Liber, 2009.
MASETTO, M. T. Professor universitário: um profissional da educação na atividade docente In: MASETTO, M.T. (org). Docência na universidade. Capinas: Papirus,1998.
PIMENTA, S.G. A profissão professor universitário: processo de construção da identidade. In: CUNHA, M. I. Docência universitária: profissionalização e praticas educativas. Feira de Santana: UEFS Editora, 2009.
RAMOS, K. M. Reconfigurar a profissionalidade docente universitária: um olhar sobre ações de atualização pedagógico-didática. Porto: Universidade do Porto, 2010.
Plano de curso : O autismo na perspectiva educacional
Plano de curso da disciplina:
Autismo
na perspectiva educacional
Professora: Marily Oliveira - Marilyed@hotmail.com
EMENTA
DA DISCIPLINA
Os alunos com
deficiência, entre eles os alunos com autismo, têm adentrado nas salas de aula
e muitos professores não se encontram preparados para receber tais alunos. Diversos
dispositivos legais brasileiros atuam para garantir os direitos das pessoas com
deficiência, inclusive a resolução 2/2001 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica que trata sobre a obrigatoriedade
das escolas regulares matricularem a todos os alunos.
Outro dispositivo legal
é a Lei de diretrizes e bases (LDB
9394/ 1996) que estabeleceu no seu artigo 59 que os sistemas de ensino deverão
assegurar para os alunos com deficiência “currículos, métodos, recursos
educativos e organização específica, bem como professores com especialização
adequada para atendimento especializado”. Ainda no seu artigo 13, é definido
que os docentes deverão se incumbir de “zelar pela aprendizagem dos seus
alunos”, independente de suas necessidades, facilitando assim que a inclusão se
firme dentro da instituição de ensino (BRASIL, 1996).
Ainda como subsídio,
temos a Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência de 2007,
homologada pelo decreto nº 6949/2009, no seu artigo
24°, citou a capacitação profissional deverá ocorrer: “em
todos os níveis de ensino. Essa capacitação incorporará a conscientização da
deficiência e a utilização de modos, meios e formatos apropriados de
comunicação aumentativa e alternativa, técnicas, materiais pedagógicos, como
apoios para pessoas com deficiência”. Este mesmo
Decreto assegura o direito às pessoas com deficiência ao ensino em geral, sem
qualquer tipo de preconceito e em igualdade de condição com os demais alunos,
sendo auxiliados em todas as suas necessidades educacionais, inclusive com
medidas de apoio individualizada favorecendo assim um completo desenvolvimento
acadêmico e social.
Através do exposto
acima, podemos observar que faz-se necessário que professores, da mais diversas
áreas, tenham conhecimento sobre as pessoas com deficiência, inclusive as com
autismo, foco desta disciplina para assim promover a aprendizagem e
participação de todos os alunos, uma vez que o professor tem papel de
facilitador no que se refere à inclusão escolar.
OBJETIVOS
Explorar as bases
históricas, legais e normativas da Educação Especial;
Identificar e analisar
Políticas e Programas referentes à Educação Inclusiva em seus aspectos teóricos
e práticos;
Propiciar conhecimentos
sobre a pessoa com autismo no âmbito escolar e social
Propiciar referências
teóricas e práticas para a compreensão a respeito da inclusão de alunos com
autismo
Compreender o
desenvolvimento mental do aluno com autismo e os estágios de construção do
conhecimento
Oferecer subsídios para
uma reflexão crítica sobre o processo de escolarização da pessoa com autismo;
Compreender as
abordagens educacionais existentes para o aluno com autismo
Auxiliar na organização
do trabalho pedagógico na perspectiva inclusiva;
(Re)conhecer distintas
propostas pedagógicas inclusivas: locais, nacionais e/ou internacionais.
Formar profissionais
críticos e embasados teoricamente a respeito dos princípios gerais de educação
inclusiva.
CONTEÚDOS
PROGRAMÁTICOS
A Educação Especial no Brasil: aspectos históricos,
legais e normativos.·.
O sujeito com autismo: conceitos, concepções,
características e tipos de atendimentos.
O Sistema de Ensino,
legislação, as políticas e os programas para a Educação Inclusiva. O processo
de ensinar e de aprender para alunos com autismo
A formação de
professores no paradigma da inclusão: a educação infantil e a educação especial
Acessibilidade.
Atendimento educacional
especializado: Conceitos; Tipos; Flexibilizações específicas; Sala de Recursos.
O aluno com autismo e a
inclusão escolar: inclusão x integração; atendimento escolar e atendimento
especializado; a escola como um espaço inclusivo; sugestões de áreas de
atuação; saberes e práticas da inclusão; passos para a inclusão escolar;
METODOLOGIA
As aulas serão
teórico-práticas, com leituras e análise de textos, visitas à instituições que
atendam ao aluno com autismo, apresentação de trabalhos coletivos e/ou
individuais, seminários e produção de textos.
AVALIAÇÃO
Os instrumentos
utilizados para a avaliação de aprendizagem levarão em conta os seguintes
indicadores:
Assiduidade e
pontualidade;
Interação nas aulas, discussões e
debates;
Participação nos
trabalhos individuais e/ou grupos dentro ou fora da instituição;
O desempenho nas
avaliações escritas e/ou práticas;
A produção de textos;
Trabalhos práticos
apresentados e desenvolvidos pelos alunos (mini-aulas);
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BELISÁRIO FILHO, J. F. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2010.
BRASIL .Ministério da
Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de
dezembro de 1996.
______ .Resolução 2/2001 do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica (CNE/CEB)
______ .Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da educação Inclusiva. Brasília,
MEC/SEESP, 2008.
BRIDI, F. R. S.; FORTES, C. C.; BRIDI FILHO, C. A. Educação e Autismo: as sutilezas e as possibilidades do processo inclusivo. In. ROTH, B. W. Experiências educacionais inclusivas: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.
CUNHA, P.; MATA,
O. M. Rompendo Paradigmas na Gestão Escolar In. ROTH,
B. W. Experiências educacionais
inclusivas: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.
MANTOAN,
M. T. E. Inclusão escolar: o que é?
Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.
WILLIAMS, C.
Convivendo
com
autismo
e
síndrome
de
Asperger:
estratégias Práticas para Pais e Profissionais. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda, 2008.
BIBLIOGRAFIA
COMPLEMENTAR
BRASIL. Constituição da
República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.
______. Estatuto da
Criança e do Adolescente no Brasil. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990.
______ . Decreto nº
7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o
atendimento educacional especializado e dá outras providências. 2011.
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Educacional Especializado ao aluno com autismo: o estado do conhecimento
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LAMPREIA,
C. Algumas considerações sobre a identificação precoce do autismo In: MENDES, E. G.; ALMEIDA, M. A.; HAYASHI, M. C. P. I. Temas
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especial: conhecimentos para fundamentar a prática. Araraquara, SP: Junqueira &Marin, 2008.
LEBOYER, M. Autismo
infantil
fatos
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Autêntica, 2010.
MARTINS, L. A. R. et al. Educação
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SALGADO,
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(CBEE), São Carlos, 2010
VELTRONE, A. A.; MENDES, E. G. Caracterização dos profissionais responsáveis pela identificação da deficiência intelectual em escolares. Rev. Educ. Espec., Santa Maria, v. 24, n. 39, p. 61-76, jan./abr. 2011.
CRONOGRAMA
DE ATIVIDADES
Aula expositiva: A Educação Especial
no Brasil: aspectos históricos, legais e normativos.·.
Aula
expositiva: O sujeito com autismo: conceitos, concepções, características e
tipos de atendimentos.
Aula expositiva: O
Sistema de Ensino, legislação, as políticas e os programas para a Educação
Inclusiva. O processo de ensinar e de aprender para alunos com autismo
Aula expositiva: A formação
de professores no paradigma da inclusão: a educação infantil e a educação
especial
Aula expositiva com
utilização de filmes: Acessibilidade.
Aula expositiva: Atendimento
educacional especializado: Conceitos; Tipos; Flexibilizações específicas; Sala
de Recursos.
Aula expositiva: O
aluno com autismo e a inclusão escolar: inclusão x integração; atendimento
escolar e atendimento especializado; a escola como um espaço inclusivo;
sugestões de áreas de atuação; saberes e práticas da inclusão; passos para a
inclusão escolar.
Seminários avaliativos:
temas a definir junto aos alunos.
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